sexta-feira, 1 de outubro de 2010


Olá, gurias e guris! Iniciando as atividades do blog, vou contar a minha história no mundo dos paninhos.

Começou lá nos idos de 1983, quando ganhei a minha primeira Barbie e seu respectivo automóvel conversível Pink. A loirinha usava um lindo vestido turquesa com listras vermelhas e um boá prata, sapatinhos brancos, de salto 15, e um lindo conjunto de colar, brincos e anel de diamantes. Luxo, mas nada prático para guiar seu conversível maravilhoso. Minha querida avó materna, a Omama Orlinda, então, fez a mágica acontecer: uma calça de veludo cotelê marinho e uma blusinha bege eram tudo o que a minha loirinha precisava para desfilar chiquérrima em seus passeios na calçada da casa de São José dos Pinhais. Foram os primeiros retalhinhos que me encheram de alegria.
Numa máquina de pedalar, no quartinho dos fundos da casa dos meus avós, em Joinville, foram confeccionados lindos modelos para Barbies, Bobbies, Fofuras, Nenéns, Chuquinhas, Blablás e todas bonecas e bonecos da família. Minha Omama querida foi a modista sensação de todas as roupas para bonecas: trajes de baile, roupas íntimas, roupas de época, vestidos de noiva. Cada retalhinho conquistado era uma expectativa: que modelito iria surgir?
O que eu mais gostava era de ganhar um vestido novo para mim e com as sobras, um vestido igualzinho para minha boneca.
Foi a minha Omama quem me apelidou de Ine Bine. Ine Bine Vasconcine, foi na missa sem a Bine. Foi a minha Omama quem me ensinou a colocar o fio na agulha, a cortar tecidos puxando o fio, a fazer crochê. Quem me falou por primeiro que a tesoura de cortar tecidos é só para tecidos.
Hoje em dia ela não costura mais, algumas vezes borda, faz crochê com menos frequência. Tem as limitações da sua idade avançada.
Meu amor aos paninhos, sem dúvidas, começou com aquele retalhinho de veludo cotelê azul marinho, costurado pela minha Omama Linda!

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