sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Recomeço!

Boa noite, amantes dos tecidinhos!
Estarei reformulando o blog, com coisinhas lindas de ver e gostosas de costurar!
Agora em fevereiro recomeço a dar aulas, agora em Criciúma, no Espaço Artística, na loja Arco Íris Tintas da Henrique Lage.
Vamos que vamos, o ano promete!
Beijocas inspiradas!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O Prazer de Compartilhar


Pela segunda vez, estou tendo o prazer de ensinar o pouquinho que eu sei sobre patchwork para outras pessoas.
Tenho alunas de todos os tipos: costureiras hábeis, craques em pilotar máquinas, trocar pezinhos, encher bobinas, manusear a tesoura e fazer pontos realmente invisíveis para pregar o viés. Tenho aos meus cuidados algumas que estão dando o primeiro alô para a linha e a agulha. Algumas que nunca sentaram-se na frente de uma máquina de costura e que qualquer objeto tirado de dentro da caixa de costura causa assombro. Todas encantadas com o mundo novinho em folha do patchwork.
Além dos extremos, tenho as que estão no meio do caminho: vieram fazer o curso pois começaram no patchwork como eu: FAZENDO. Pega revista aqui, lê ali no blog, conversa com alguém que já fez: chega em casa e põe a mão na massa. Começa fazendo um bargello, não um Four Patch. ( No caso, eu fiz um "pata de urso", cheio de triângulos "despontados" e quiltado um pouco à mão, um pouco à máquina, daquele jeitão, sem lavar o tecido antes, o que me rendeu um enrrugamento típico e algumas manchas de usar um marinho com o tecido branco...) Costura na máquina com o ponto desrregulado, cola o termocolante no ferro de passar, acha que quilt é aquela roupa típica escocesa e quando recebe a instrução da "profinha", diz: ahhhhhhhhm, então é assim!!!! É uma DELÍCIA ter cada aluna, cada uma com sua trajetória, com seus saberes, com suas dúvidas. Eu sou apenas uma professora de curso básico, com muitas dificuldades também, em muitas técnicas. Também aprendo conforme ensino. E não vejo a hora de voltar a ser aluna, ficar com os olhinhos famintos em saber mais, com as mãos coçando para pegar linha e agulha e repetir o pontinho perfeito feito pelas mãos mais hábeis que as minhas.
Fico muito feliz em ver que na pequena cidade onde moro hoje, em breve, o patchwork e seu linguajar típico, suas gírias, seus "segredos", estará mais conhecido e praticado. E dá um friozinho na barriga saber que também será "culpa" minha.
Ilustrando essa postagem, um dos trabalhos da minha aluna, "Frau" Anísia, uma senhorinha de cabelos brancos e muita vontade de aprender. Amanhã teremos mais fotos de seus trabalhos. Em breve fotos dos trabalhos das alunas da noite e da turma "especial", do curso de pintura!

sábado, 2 de outubro de 2010

Para Lico

Lico, tua passagem tão efêmera pela minha vida, cheia de momentos com muitos pelinhos alaranjados, muito ron-ron e muito carinho, me fez perceber que nenhum amor dado é em vão, e nem todo amor recebido é suficiente. Amo você, gatinho amarelo, de vida dupla e misterioso. Esteja na canguta de São Chiquinho, que é teu lugar preferido, dando muitos cheirinhos e recebendo muitos afagos. Todos os que eu não tive oportunidade de lhe fazer, enquanto você esteva por aqui. Foram 25 dias em que você recebeu amor, cuidados e mordomias. 25 dias em que a minha vida foi presenteada com afeto que só um bichinho pode dar.

Desculpem a fuga de tema, mas quero falar sobre posse responsável. Sim, sim, puxar minha orelha um pouco tambem. Lico era um gato-errante, apareceu aqui no meu quintal, que é murado e sem acesso direto à rua. Mas como todo gato criado solto, escalar paredes e muros para ele, era fichinha. Resolvemos adotá-lo. Deixamos ele entrar em casa, ficando confinado, e em seguida, levamos para vacinar e marcar a castração. Em menos de 15 dias, Lico era "nosso" gato. Óbvio que ele não era "nosso", pois era muito carinhoso, não era arisco como gatos de rua; devia ter outro lar, com certeza, mas, pensamos que assim que castrado, o seu desejo de perambular sumiria. E também, que nosso amor e cuidado seria suficiente para que ele se fixasse em nossa casa apenas. Ele ficou alguns dias só no quintal, com o Boi e a Baixinha, no máximo, andando sobre o muro. Então, um dia, a voltinha dele sobre o muro demorou. Ele não apareceu meio dia, nem de tardinha, nem de noite. Não veio quando chamado. Procuramos pelas casas da redondeza, pelo menos para localizar sua antiga residência e avisar ao dono original sobre a castração e as vacinas. Nada.
Penso que sua moradia devia ser longe. Ele estava atropelado numa avenida próxima a nossa casa. O Lico era minha responsabilidade também. Ele sentiu medo, dor e estava só. Morreu sozinho, num monte de folhas secas de Pata-de-vaca. E isso me constrange, me dilacera. Ninguém merece morrer sozinho, nem mesmo um gatinho. Por isso, apelo, suplico, imploro: gatos e cachorros, castrados, sempre dentro do seu quintal, sem acesso à rua. Acidentes, acontecem sempre. Mas não PRECISAM acontecer. Ningém precisa sofrer de saudades pelo seu amigo de pêlos antes do tempo.

Em tempo: Baixinha e Boi não sobem no muro como o Lico subia. E o muro será aumentado e telado assim que pudermos arcar com as despesas. Não quero que nenhum outro gato da vizinhança entre, ou use a nossa casa para alcançar a rua. Nem que os meus consigam, de alguma maneira, sair.

E prometo que a próxima postagem será sobre paninhos.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010


Olá, gurias e guris! Iniciando as atividades do blog, vou contar a minha história no mundo dos paninhos.

Começou lá nos idos de 1983, quando ganhei a minha primeira Barbie e seu respectivo automóvel conversível Pink. A loirinha usava um lindo vestido turquesa com listras vermelhas e um boá prata, sapatinhos brancos, de salto 15, e um lindo conjunto de colar, brincos e anel de diamantes. Luxo, mas nada prático para guiar seu conversível maravilhoso. Minha querida avó materna, a Omama Orlinda, então, fez a mágica acontecer: uma calça de veludo cotelê marinho e uma blusinha bege eram tudo o que a minha loirinha precisava para desfilar chiquérrima em seus passeios na calçada da casa de São José dos Pinhais. Foram os primeiros retalhinhos que me encheram de alegria.
Numa máquina de pedalar, no quartinho dos fundos da casa dos meus avós, em Joinville, foram confeccionados lindos modelos para Barbies, Bobbies, Fofuras, Nenéns, Chuquinhas, Blablás e todas bonecas e bonecos da família. Minha Omama querida foi a modista sensação de todas as roupas para bonecas: trajes de baile, roupas íntimas, roupas de época, vestidos de noiva. Cada retalhinho conquistado era uma expectativa: que modelito iria surgir?
O que eu mais gostava era de ganhar um vestido novo para mim e com as sobras, um vestido igualzinho para minha boneca.
Foi a minha Omama quem me apelidou de Ine Bine. Ine Bine Vasconcine, foi na missa sem a Bine. Foi a minha Omama quem me ensinou a colocar o fio na agulha, a cortar tecidos puxando o fio, a fazer crochê. Quem me falou por primeiro que a tesoura de cortar tecidos é só para tecidos.
Hoje em dia ela não costura mais, algumas vezes borda, faz crochê com menos frequência. Tem as limitações da sua idade avançada.
Meu amor aos paninhos, sem dúvidas, começou com aquele retalhinho de veludo cotelê azul marinho, costurado pela minha Omama Linda!